quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Indicação de Crivella aproxima governo Dilma dos evangélicos

O bispo Marcelo Crivella é sobrinho de Edir Macedo e um dos líderes da IURD. Também é senador pelo PRB do Rio de Janeiro. Hoje (29) assumiu o cargo de ministro da pesca. Sua indicação para o cargo pode resultar em uma maior aproximação do governo com os evangélicos. Membros da chamada Frente Parlamentar Evangélica, Crivella fazia coro aos pedidos dos evangélicos contra o casamento gay e a legalização do aborto, que em outros momentos eram defendidos pelo governo.

“Acredito que sim [haverá maior aproximação], embora não tenha sido esse o objetivo quando ela [Dilma] me convidou. [...] Sempre trabalhei na bancada evangélica para dirimir controvérsias”, afirmou o bispo hoje.

Durante a campanha de 2010, a então candidata Dilma Rousseff fez alianças com alguns setores evangélicos, mas tem sido criticada por ações consideradas liberais demais pelos religiosos. O governo atual tem sido alvo de constantes críticas por parte dos evangélicos e os debates públicos com figuras importantes do PT , como Gilberto Carvalho e Eleonora Menicucci.

A busca do apoio de evangélicos pode influenciar a candidatura do ex-ministro da Educação Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo. Quando era ministro, Haddad enfrentou uma forte oposição Frente Parlamentar Evangélica ao tentar colocar nas escolas o chamado “kit gay”, material que teria a função de combate ao preconceito contra homossexuais.

Marcelo Crivella afirmou que espera ver as bancadas evangélicas na Câmara e no Senado mais próxima do governo federal. “Eu faço parte da bancada evangélica e espero que ela consiga cooperar com o governo. Mas sou indicado do PRB, não da bancada”, explicou.

O Partido Republicano Brasileiro (PRB) foi estabelecido em 2005. Era o partido do ex-vice-presidente José Alencar, e fez parte da base de sustentação do governo de Lula e segue na base do governo Dilma. Em nota oficial, a Presidência enfatiza que a indicação de Marcelo Crivella abre espaço para “importante partido aliado”.

Com informações O Globo e Terra

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Globo prepara nova novela espírita para divulgar doutrina

A rede Globo de Televisão, a maior emissora da América Latina, parece querer agradar os evengélicos nos últimos tempos. Depois de contratar vários “artistas gospel” e levá-los para se apresentar em seus programas, muitos acreditaram que algo tinha mudado na emissora. Não mudou.
Autora de duas outras novelas na Rede Globo, a escritora mineira Elizabeth Jhin, 63, a partir de 5 de março terá uma nova oportunidade de ensinar pela TV a “doutrina espírita”.
Ela já foi ao ar com “Eterna Magia” (2007), que tratava sobre bruxas vivendo em uma fictícia cidadezinha na década de 1930. Já “Escrito nas Estrelas” (2010), contou a história do mocinho que era um “espírito desencarnado”. Foi então que Elizabeth bateu recordes de audiência e se firmou como “autora espiritualista”. Esse deve ser o tema de sua nova novela que vai ao ar às 18 horas.
Durante entrevistas recentes, a autora revelou sua paixão por Ivani Ribeiro, outra novelista espírita que, entre outros sucessos, escreveu “A Viagem”.
Tentando explicar a história da nova novela, ela diz que vai falar do fenômeno conhecido como “crianças Índigo”. Segundo ela são “crianças do novo milênio que, do ponto de vista espiritualista, vieram com um DNA diferente, com a missão de tornar o mundo melhor. Todas têm características especiais, sensibilidade e, às vezes, paranormalidade”.
A personagem da atriz-mirin Klara Castanho,10, conseguirá ver e prever coisas, sempre guiada pelo espírito Lexor (Othon Bastos). Gabriel Braga Nunes terá dons especiais, com bichos. Ele viverá um domador de búfalos, e conseguirá amansá-los só com um gesto. Ambos seriam “Índigo”.
Elizabeth Jhin afirma, curiosamente, que não é espírita. “Fui criada na religião católica, mas não frequento a Igreja. Sou simpatizante do budismo, do espiritismo kardecista e sou apaixonada pela doutrina cristã: amor ao próximo, a compaixão… Sempre gostei de novelas sobre o tema”
Por outro lado, afrima que está lendo muito os livros de Allan Kardec, Chico Xavier e outras obras similares “para não errar nada sobre o espiritismo”. Justificou sua opção de escrever sobre o tema porque “ as pessoas têm necessidade de se apegar a alguma explicação sobre a existência”
Uma das protagonistas da trama, Ana Lúcia Torre, 66, explica que está muito animada com o novo desafio. “Eu sou espírita e a minha família é espírita. Desde quatro ou cinco anos, eu já sabia o que fazia. Isso facilita muito, porque você já tem o entendimento, já é uma coisa sua… Cada um de nós tem um tipo de mediunidade, que se desenvolve mais ou menos. Mas, todos somos iguais, somos feitos de energia. Cada um tem a sua”, afirmou ela.
Frequentadora de um centro de cura, em São Paulo, a atriz terá dois momentos na novela: viva em procura do filho perdido e posteriomente continuará ajudando-o, como espírito.

Noticías cristã atualizadas